Concurso de Lores - 1° Semestre 2024


Sejam bem vindes, Planeswalkers, ao triunfante retorno do Concurso de Lores!

Aqui estão todas as Lores que foram escritas para o primeiro semestre de 2024. Nesse mês, quatro corajosos planeswalkers compartilham suas histórias, sentimentos e sofrimentos conosco, na esperança de ganhar seus votos. Todas as histórias foram escritas em torno do deck utilizado em um Toicinho, mostrando a força da criatividade da comunidade! Aos leitores: boa leitura e apreciação. Votem na sua Lore favorita e apoiem o escritor! Aos participantes: boa sorte a todos!


_____________________________________________

Deck: Rakdos Bigorna

Cor / Estratégia do Deck: Preto e Vermelho / Sacrifício de Artefatos

Nome do Conto: O que guarda o fogo


Membro: Guto





A primeira vez que despertei foi quando a centelha da curiosidade dos primeiros homens se acendeu e, com ela, a marcha pelo progresso. A busca pelo futuro perfeito fazia de mim uma necessidade primordial - mais do que uma ferramenta, eu era a matéria-prima, a verdade que guiava os artífices para a perfeição. Com meu domínio, os Thran moldaram a terra, esculpiram o aço e manipularam as diversas formas de energia ao seu bel-prazer e julgamento, sobrepujando as leis naturais como quisessem. Eu me sentia poderoso… eles foram os primeiros a ousar e os primeiros a morrer. E com eles, eu morri pela primeira vez.


Meu segundo despertar aconteceu quando minhas fagulhas foram acesas com as chamas da guerra. Em Kamigawa eu fui usado para vestir e armar uma humanidade beligerante que travava batalhas débeis sob ordens do daimyo Takeshi Konda, em seu desafio arrogante contra o kami supremo, O-Kagachi. Como todos, Konda desejava poder e para isso usou do frágil véu entre o mundo espiritual e o mundo material para roubar um aspecto de O-Kagachi na tentativa de tornar-se imortal. Dessa imprudência nasceu uma guerra mordaz que os homens não podiam vencer. Os kami triunfaram e se instalaram de vez por toda Kamigawa: além de habitarem objetos inanimados, agora conferiam poderes mágicos a pessoas comuns, criavam objetos e comunidades. Durante esse período, não fui o mesmo… nasci e morri em infindos outros planos. Em todos eles fui um, mas também fui o mesmo, evocado no desespero, enaltecido na escuridão, venerado na fraqueza. Assim como os kami, eu também me reinventei.


Com o fim da Guerra, uma Era de Iluminação e sabedoria, capitaneada por Michiko Konda, filha de Takeshi, se instaurou. Novas alianças, novos habitantes e novas descobertas chegaram do mundo espiritual e fincaram raízes em nossa casa. Melhores vidas, melhores trabalhos, melhores condições… mas não para mim. Todas essas inovações trouxeram consigo um vírus, uma traição: a tecnologia. Os Futuristas de Saiba ganharam notoriedade ao criar próteses cibernéticas - em humanóides e animais - e decidiram alimentar sua nova invenção com energia espiritual,pondo todas as forjas do continente em obsolescência. Eu, o fogo, já não era mais necessário. E com o esquecimento eu esfriei.


Teria sido meu fim, se outros esquecidos não tivessem achado em mim um novo significado, uma nova saída. Enxotados em prisões lúgubres nas montanhas de Sokenzan, os ogros transformaram seus rituais com meu auxílio. Libertando seus antigos mestres de prisões etéreas, aguardaram pelo momento perfeito para lançar-se à superfície e destruir o que lhes aprisionou. Alguns se juntaram aos rebeldes Asari, outros formaram grupos mercenários independentes, alguns até conseguiram que os Oni atendessem ao seu chamado - estes, meus preferidos. Mas nada me fez tão sublime quanto aqueles que me entregaram ao óleo vivo.


Quando fui entregue ao óleo phyrexiano pude pela primeira vez ter a capacidade de ter um corpo físico, de ouvir e de me erguer, pude me levantar e pude falar. Na escuridão de forjas frias, pude relembrar minha história e tive o direito de ressentir a traição. Phyrexia me deu vida - a verdadeira vida.


Somente quando fui entregue à Ortodoxia das Máquinas eu pude entender… sou um fragmento de um todo muito maior, de um propósito muito maior. Além de senhores e países, além de kamis e espíritos, eu faço parte da Perfeição. Com Phyrexia, me tornei algo novo. Eu me tornei…



o̴̖̙̥̟̲̰͓͎͊̑̉ͅ ̴͈̪̼͈̹̭͎̹͇͚̘̳̤̔͑̈́́͑̍͘̚͜͜͠͝͝͝ͅv̸̝͇͚͗̀͐e̷̘̭̼̣̒ŗ̷̬̟̬͈͖̮̖̽͑̒̂̈͒̂̽͒̃͜͝͝d̷̢̛̛̤͈̣̲̰̹͙̹̣̯̠̣́̇̒̂͒͌̇̈̈́͘͘͜͜ą̷̛̣̯͚͓͔̖̳̯̣̝̉͑͛͐̈́̀̿̀̽͋͝͝d̶̢̨̡̼͎̹̫̟̤̫̮͒̌͜ẹ̴̬̭͎̩̠͖̣̫͐̍́̑į̶̡̟̼̘̯̬̈́̈́̆́̋͜ŕ̶̨̨̮͚͈̬͙̟̩̜̙͍̠͉̻̭̬̒̄̈̾̅̈́̔̀ȍ̵̠̈́̒͝ ̴̩̲̂̐̀͂̏̒͐̔̑̄̊̈̊̈́͠f̵̯̫̖̲̝̻̗͈͐͝ͅo̸̫̜̝͐̈́͝g̵̡̞̼̋̒̎̃͛͊̅̕ö̵͎̖̣̗̺͍̫̦͎́̆̒







______________________________________


Deck: Gatinhos Felinos Bichanos

Cor / Estratégia do Deck:
 Mono white + Aggro Mid Range


Nome do Conto: 
Lágrimas no Submundo


Membra: 
Laura Biella


Posso dizer que já morri duas vezes.

A primeira foi no momento em que me deparei com o frio e pálido cadáver daquela criatura que eu considerava como uma extensão de mim mesma. Eu não entendi como meu pobre gatinho poderia ter morrido. Não parecia ser ele, mas talvez essa percepção fosse uma desesperada tentativa de me auto acalentar, de qualquer forma, não restavam dúvidas. Não existia sequer um suspiro de vida nele. Eu havia chegado tarde demais. E, enquanto eu enterrava aquele gélido e pequenino corpo em uma cova improvisada, cavada por minhas próprias mãos, minha alma foi se esvaindo aos poucos e o objetivo da minha existência passou a ser único: me reunir com meu amado companheiro.

É claro que todos já ouviram a história de Daxos, aquele que retornou do Submundo como um Semideus. E foi por isso que percorri Theros em busca do Rio Tartyx, que separa nosso mundo mortal do mundo dos mortos. Eu precisava chegar ao Submundo, achar meu pequenino e traze-lo de volta. Com muito custo, cruzei Tartyx e cheguei até a conhecida Cronemouth Cove, uma pequena ilha que contém um portão que permite a entrada ao submundo. As bruxas que vivem nesse local não pareciam fazer guarda, desta forma, não foi difícil atravessar o portão.

Chegar ao submundo fora menos trabalhoso do que imaginei que seria. Mas a parte difícil sequer tinha começado. Minha missão seguiria adiante na procura pelo amedrontador Erebos, o governante do submundo. Mas, ao contrário do que imaginei, encontra-lo também não foi algo desafiador, visto que, por algum motivo ele parecia estar aguardando a minha chegada. Uma mistura de compaixão com cinismo exalava de sua voz e nos seus olhos eu podia enxergar uma complacência quase melancólica. Era praticamente impossível decifrar se o que ele sentia era pena ou um prazer cômico ao olhar para mim.

Eu não precisei explicar os meus motivos. Ele parecia já saber todos eles. E enquanto ele me explicava com serenidade que toda a minha viagem foi em vão, eu sentia meu rosto ficando quente e úmido pelas lágrimas que escorriam. Eu poderia salvar meu melhor amigo, me garantiu Erebos, se ele estivesse lá para ser salvo.

É claro que Ajani já havia me contado tudo sobre Nicol Bolas e sobre toda a perversidade deste ser. O que eu jamais poderia imaginar é que o meu querido gatinho não sucumbiu à morte, como eu temia, mas na verdade, decidiu se juntar ao Exército de Eternos, uma força letal de zumbis criada pelo terrível Nicol Bolas. E é claro que ele seria digno de passar por todas as provações necessárias para conseguir entrar neste Exército. Nenhuma criatura do mundo seria mais digna do que ele. De fato, ele morreu naquele dia, mas não da forma como imaginei. Ele decidiu partir. E descobrir isso foi o que me fez morrer pela segunda vez.


______________________________________


Deck: O Baú das Almas

Cor / Estratégia do Deck:
 Azul e Preto (Dimir) + Evasão, controle e manipulação


Nome do Conto: 
Gonti e O Baú das Almas, Segredos e Traições em Ravnica

Membro: Iago Abreu

Planeswalker: 
Iago, o Senhor da Opulência


Nos cantos escuros de Ravnica, onde segredos se entrelaçam nas sombras, Gonti, o Senhor do Luxo, comanda sua rede de espiões. Sempre mascarado, Gonti não se contenta com ouro e joias; ele rouba almas. Seu tesouro mais valioso é o Baú das Almas, um artefato antigo que consome segredos e memórias, concedendo-lhe as habilidades de suas vítimas.

Tudo começou em uma noite de lua cheia. Gonti encontrou Atris, a Oráculo das Meias-Verdades, que revelou a localização do baú com uma condição: ele deveria trazer-lhe uma memória esquecida. Aceitando o desafio, Gonti se aventurou por perigos incontáveis, invadindo segredos de nobres, desvendando conspirações e enfrentando monstros até achar a memória num templo abandonado. Completando sua missão, ele retornou a Atris e recebeu o baú, selando seu destino como ladrão de almas.

Em uma de suas missões, Gonti encontrou Lyra, conhecida como Massacre Girl. Impressionado com sua crueldade e habilidade, ele a convidou para sua rede de espiões, prometendo-lhe segredos mais sombrios. Fascinada pelo baú e seu poder, Lyra aceitou.

Gonti reuniu um grupo diverso de subordinados: o vampiro Espião de Balaustrada, fadas renegadas, Nagas Ladinas e as sifonadoras braçoluz, irmãs gêmeas unidas novamente pelo baú. Em uma noite chuvosa, Gonti se encontrou com Kage, um mestre shinobi e líder da organização “Chie no ba”. Kage revelou que o Baú das Almas estava ligado a uma profecia, contendo fragmentos da alma de um ser ancestral que dominava todas as habilidades e conhecimentos. Reunir todas as almas despertaria esse ser e desbloquearia poderes inimagináveis. Kage queria usar Gonti para conseguir essas almas.

Seducido pelo poder do baú, Gonti concordou, mas com a condição de descobrir a verdade por trás da profecia. Enfrentaram guardiões mágicos e armadilhas mortais, cada alma roubada revelando uma parte da essência do ser ancestral. Gonti se tornava mestre em diversas artes, mas as memórias dolorosas das almas o faziam questionar se o poder valia a pena.

Durante uma missão em uma biblioteca antiga, Gonti reencontrou Atris. Ela revelou que o baú era uma prisão para o ser ancestral, selado há milênios para evitar a destruição que seu conhecimento poderia causar. Gonti ficou dividido: libertar o ser para obter seu poder ou evitar o caos que poderia resultar.

Decidido a usar o poder do baú, Gonti começou a manipular os shinobi e minar a liderança de Kage. Em uma noite de lua sangrenta, desafiou Kage em um duelo mortal. Vitorioso, Gonti selou Kage dentro do baú, assumindo o comando da “Chie no ba”. Ele continuou aprimorando suas habilidades, mas sabia que o ser ancestral ainda aguardava, pronto para ser libertado.

O Baú das Almas esperava sua próxima vítima, e o destino de Ravnica estava pendente. Gonti, com seu poder crescente e sua rede de aliados e inimigos, se preparava para os desafios que viriam, sempre buscando a verdade e o poder ocultos nas sombras da cidade.






















______________________________________


Deck: Roubo

Cor / Estratégia do Deck:
 Preto e azul.  A estratégia é roubar as cartas do outro jogador e usar contra ele, tomado controle de permanentes, usando mágicas do exílio. Basicamente entender e incorporar a estratégia do outro deck e usar contra ele.


Nome do Conto: Troca


Membro: 
Emanuel

O casarão abandonado no fim da rua, com janelas estilhaçadas e fachada desgastada, sempre intrigou você. Hoje, sua curiosidade vence o medo, e você sente uma grande vontade de entrar. O ar lá dentro é pesado, o silêncio opressor. Cada passo ecoa pelos corredores vazios, enquanto você se aventura mais fundo.

No andar superior, um espelho antigo, grande e com uma moldura intrincada, chama sua atenção. Coberto por um lençol empoeirado, ele emite uma aura perturbadora. Você remove o lençol, revelando a superfície reluzente que parece vibrar com uma vida própria.

Ao encarar o espelho, você não vê seu reflexo. Em vez disso, a superfície parece uma janela para outra realidade, onde rostos desconhecidos, distorcidos, olham de volta. Uma força irresistível faz você tocar o espelho, e uma vertigem intensa toma conta de você.

Subitamente, você se vê em um corredor sem fim, ladeado por portas entreabertas. Sussurros inaudíveis emanam de cada uma. Confuso, você abre uma porta e vê uma versão de si mesmo, sentado e murmurando para o vazio. Aproximando-se, percebe que essa figura está presa em um ciclo interminável de murmúrios.

Cada nova porta que você abre revela cenas perturbadoras de uma vida que deveria ser sua, mas parece estranha e distorcida. Em uma, você brinca com crianças que o chamam por nomes que não reconhece. Em outra, trabalha em um escritório cercado por rostos borrados.

Desesperado, tenta reunir os fragmentos de sua identidade, mas a realidade se desfaz diante de seus olhos. Finalmente, chega a uma sala onde um espelho idêntico ao do casarão o aguarda. Quando se olha, um estranho o observa de volta, com olhos vazios e um sorriso estranho.

Você não se lembra de quem você foi um dia, você não existe mais. Mas não se preocupe, aquilo se lembra, aquilo existe.



______________________________________


Vote na sua Lore favorita:

https://forms.gle/ofRK3f4SgSQd4XEq7

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lista de Banidas Atualizada

FORMATO OFICIAL BACON ARCANO - TOICINHO

Decklists: Um Guia