O que acontece em Caçada à Meia-Noite
O que acontece em Caçada à Meia-Noite
Depois de muitos anos, assim como Arlinn Kord, finalmente retornamos a Innistrad. Arlinn é uma planinauta lobisomem, o que a faz perceber agudamente que há algo de errado com seu plano natal assim que chega nele: as noites estão ficando mais longas e os dias ficando mais curtos. Em um lugar repleto de vampiros, zumbis, espíritos e lobisomens menos “nobres”, o período de noite estendida é um perigo real para a existência da raça humana.
Ela está viajando pelos arredores de Innistrad, tentando trazer conforto para as pessoas nesse momento tão delicado, pessoas que perderam parentes e amigos. É assim que ela acaba por compartilhar uma xícara de chá com uma viúva que perdera seu amigo para o ataque de um vampiro, e elas acabam por discutir o quão ruim o dia-a-dia tem se tornado desde “As Penúrias”. “As Penúrias” parece ser o termo usado para se referir a todos os horríveis acontecimentos que assolaram Innistrad desde os tempos de Avacyn. Essa mulher confessa a Kord que, apesar de ela sentir falta dos dias de proteção de Avacyn, há outras formas de se manter seguro e protegido agora, e descreve o que parece ser uma bruxa que vive na floresta mais próxima.
A planeswalker então decide investigar isso mais profundamente, e vai até as matas com seus lobos, sua matilha leal. Eventualmente ela encontra Katilda que explica sua participação no Coração da Aurora, um conventículo de bruxas praticantes de uma magia ancestral, que data de antes mesmo de Avacyn. Katilda conta a Arlinn que ela e as bruxas do Coração da Aurora pretendem reestabelecer o equilíbrio entre o Dia e a Noite por meio de um ritual, mas que essa tarefa encontra duas complicações: uma, o ritual precisa acontecer no Celestus, um artefato mágico de supremo poder, mas que antes precisa ser aberto com uma chave chamada Chave de Prata Lunar; em segundo lugar, o ritual demanda a presença de pessoas, o máximo que puderem reunir, na parte sombria da floresta, onde está localizado o Celestus. Arlinn detesta a ideia de reunir tantos humanos em um único lugar, especialmente num local aberto, remoto e tão desprotegido quanto o Celestus, mas antes que ela pudesse convencer Katilda do contrário, elas são interrompidas pela chegada de Tovolar.
Tovolar é um lobisomem que abraçou o soerguer antinatural da lua que perdura no plano, e entende esse fenômeno como a maior chance que sua raça tem de tomar o controle e refestelar-se na caçada contra criaturas inferiores. Acontece que Tovolar e Arlinn Kord já se conheciam há anos… foi ele quem a abrigou assim que se tornou uma jovem lobisomem. Ele a ensinou a caçar e a encorajou a fazer parte de sua matilha. Obviamente em algum ponto ela se revoltou e se separou do bando de Tovolar, criando sua própria matilha e seguindo apenas sua regra. Tovolar, como uma exibição de seu poder, estende seu chamado a todos os lobos da matilha de Arlinn, que prontamente aceitaram fazer parte da Caçada. O lobisomem então reforça o chamado à planeswalker, pedindo para que ela se juntasse a ele quando se sentisse pronta, antes de desaparecer na floresta.
A planeswalker se volta a Katilda e promete conseguir a chave de que tanto precisa para fazer com que o ritual aconteça. Na próxima manhã, Arlinn Kord transplana diretamente a Ravnica para procurar ajuda d’As Sentinelas e outros aliados que ela conheceu durante A Guerra da Centelha, entre eles Teferi, Chandra e Kaya. Os 4 transplanam juntos de volta para Innistrad e se encontram com Katilda, que passou o dia reunindo mais apoiadores do Coração da Aurora. Entre eles, está Adeline, uma cátara que acredita saber do paradeiro da Chave de Prata Lunar; segundo a cavaleira, ela provavelmente estava na cidade sagrada de Thraben, talvez nas câmaras da antiga Igreja de Avacyn, e guia todo o grupo naquela direção.
Apesar do momentâneo alívio, todos se voltam para Katilda e o Coração da Aurora, que nesse momento estão no meio do ritual sob os arcos do Celestus. Enquanto os cânticos ressoam, Katilda pede para Arlinn por sangue e garras, como símbolo de seu compromisso com a defesa de Innistrad. Por “sorte” ela já tinha feridas abertas, então somente despejou um pouco de seu sangue num recepctáculo ritualístico dourado, juntamente com uma erva que ela mastiga e joga na mistura. A bruxa continua o ritual, pedindo ao Coração da Aurora por raiz e alma, ao que os participantes a entregam um pedaço ancestral de raiz que se dissolve ao ser adicionado ao cálice. Então, ao passo que Arlinn se pergunta de onde deveria vir a “alma”, a própria essência de Katilda começa a fluir de seus olhos e boca abertos. Estava tudo correndo como o planejado, até que Kaya nota uma crescente sombra acima dos presentes.
Era Olivia Voldaren.
A vampira mergulha de seu vôo em direção à mesa cerimonial, quando Arlinn Kord decide proteger a chave com seu próprio corpo. Isso força Olivia a capturar Katilda e se lançar aos céus, quando propõe um troca: ela devolveria Katilda assim que tivesse em mãos a Chave de Prata Lunar. Kord então rapidamente questiona os membros do Coração da Aurora que confirmam a impossibilidade de continuar o ritual sem a presença de Katilda. Kaya intervém dizendo que conseguiu rastrear o espírito de Katilda fluindo para fora de seu corpo até que Olivia atacou, e então não conseguiu ver mais nada. A vampira fica cada vez mais impaciente com a tentativa da planeswalker lobisomem de criar um plano, e fere o peito de Katilda com suas longas garras, deixando cair sangue em todos os que estão abaixo. Isso é o suficiente para que Arlinn decida executar a troca com a vampira, jogando a Chave para o alto, enquanto Olivia joga o corpo de Katilda com violência para baixo. Kord tentou, mas não conseguiu alcançar a bruxa, que atingiu o chão com um som de ossos partindo. Voldaren alça vôo agora em posse da Chave de Prata Lunar, enquanto o grupo percebe que a noite caiu em Innistrad.
E continuaria a ser noite pelo resto da Eternidade.
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