Zendikar é um dos planos mais antigos e vivos do Multiverso. Suas terras selvagens e suas densas florestas guardam criaturas fantásticas: bestas, elfos, vormes, kors e até vampiros.
O Plano foi palco para uma das batalhas mais importantes do Multiverso: a Batalha contra os Eldrazis. Foi lá que a Gatewatch se consolidou e conseguiu livrar o Plano das estranhas criaturas.
Porém, severas cicatrizes foram deixadas em todo Zendikar. Os Eldrazis devastaram as terras, as florestas e muita espécies. Porém, a natureza é imparável, e agora o Plano renasce com suas vastidões verdes e suas bestas colossais fortes como nunca!
Com a divulgação de Renascer de Zendikar com a Bacon Arcano você terá: Spoilers, Lore, Analise de Mecânicas e no final um super evento de lançamento!
Nesse post você terá os Spotlights da Lore de Zendikar. É hora de entender todo o contexto do Plano!
Antes de continuar a história de Zendikar, é necessário introduzir os Eldrazi. Seres que vivem nos espaços entre planos, eles se alimentam da energia e do mana, literalmente consumindo mundos para sobreviver. Ninguém sabe de onde vieram ou seus propósitos, mas o Dragão Espírito Ugin foi curioso o suficiente para tentar entendê-los. Descobrindo sobre os titãs Eldrazi (Ulamog, Emrakul e Kozilek), Ugin percebeu que eles eram uma ameaça muito grande ao multiverso para serem deixados à solta. Ele então criou um plano para garantir que o multiverso nunca sofresse o despertar dos Eldrazi.
Ugin chamou Nahiri, uma jovem litomante, para ajudá-lo a aprisionar os Eldrazi em seu próprio plano. A kor concordou, e começou a utilizar os seus poderes para criar edros, pontos focais para o poder de Zendikar que poderiam ser utilizados para concentrar a magia das linhas de poder em um feitiço poderoso. Esses edros funcionariam como iscas para os Eldrazi, ao mesmo tempo atraindo-os com mana e os aprisionando usando a própria força do mana.
Linha de Força da Vitalidade. Jim Nelson.
Enquanto Nahiri se esforçava criando os Edros, Ugin foi atrás da peça final de seu plano: o poderoso vampiro Sorin Markov. Sorin sempre se importou muito com seu plano de Innistrad, fazendo o possível para protegê-lo. Por ser imortal, Sorin se esforçava para evitar problemas, lidando com possíveis ameaças assim que elas apareciam. Ao ouvir de Ugin sobre os Eldrazi, Sorin imediatamente entendeu o risco que eles representavam caso saíssem de Zendikar, e se dispôs a ajudar o grupo. Juntos, Sorin, Ugin e Nahiri formaram Os Três.
Os Três se uniram e obtiveram sucesso: com os poderes vampíricos de Ugin, conseguiram enfraquecer os titãs o suficiente para prendê-los nos edros construídos por Nahiri. Porém, embora aprisionados, eles continuavam sendo um grande perigo para o multiverso: os Eldrazi se manifestavam no mundo criando e soltando Zangões, versões em miniatura de si mesmos. Portanto, qualquer rachadura na rede de Edros seria o suficiente para que um Zangão pudesse escapar, e causar o caos em Zendikar. Assim, após tomarem uma decisão, Os Três se dividiram: Sorin voltou para Innistrad, Ugin voltou a seus estudos, e Nahiri se fechou em pedra, ficando como guardiã dos Eldrazi. Foi feita uma promessa: caso houvesse um vazamento, Nahiri mandaria uma mensagem, e Os Três se encontrariam para proteger o plano.
Porém, ninguém contava com uma força sinistra no multiverso, que buscava liberar os Eldrazi. Não era ninguém menos que o dragão ancião Nicol Bolas, irmão gêmeo de Ugin, que queria ter o máximo de poder possível no multiverso. Bolas tem um único objetivo: tornar-se um deus, e recuperar os poderes que tinha antes da Emenda. Ugin, percebendo as intenções de seu irmão, tentou impedi-lo; mas Bolas foi mais poderoso e acabou matando seu irmão. Antes de terminar com a vida de Ugin, Nicol Bolas foi capaz de entrar na mente do outro dragão e aprender alguns fatos importantes: que os Eldrazi estavam aprisionados em Zendikar, e que para liberá-los, seriam necessárias três centelhas de Planeswalkers e uma magia rara chamada Lumespectro, uma magia incolor aperfeiçoada pelo próprio Ugin. Bolas pretendia utilizar esse conhecimento para liberar os Eldrazi e atrair um grupo de Planeswalkers para lidar com a ameaça, com o entendimento de que se ninguém conseguisse derrotar os Eldrazi, ninguém também conseguiria derrotá-lo em seu plano para se tornar um deus.

Stone and Blood. Igor Kieryluk.
Os Eldrazi, mesmo aprisionados, eram uma grande fonte de corrupção. Enquanto Nahiri jazia adormecida em sua prisão de pedra, a corrupção de Ulamog criou os primeiros Grão-Vampiros em Zendikar, iniciando uma nova raça facilmente controlável pelos Eldrazi caso eles escapassem. Durante os vários anos em que Nahiri ficou aprisionada, as raças de Zendikar se entenderam os Eldrazi como podiam. Algumas, como os kor e Tritões, os idealizavam como deuses, construindo templos e estátuas e até os introduzindo como parte de sua cultura.
Subitamente, ocorre um deslocamento na rede de Edros, liberando os Zangões. As pessoas do plano, que adoravam as imagens dos titãs, ficam assustadas com o ataque de seus “deuses”, e tentam se proteger. Nahiri sente essa perturbação e acaba com sua estase, liberando a mensagem mágica para convocar Os Três, e... nada. Ugin e Sorin parecem ter abandonado sua companheira, e isso a irrita profundamente. Mas antes de qualquer coisa, ela deve proteger seu plano. Ela luta com os Zangões, destruindo grandes exemplares com sua litomancia, tentando alcançar a rede de edros. Ao chegar, ela descobre o problema: os Grão-Vampiros entenderam os edros como um artefato de guerra, deixado ali pelos seus deuses. Ao ver vampiros, criaturas que não existiam quando ela se aprisionou há quase 4 milênios, Nahiri imediatamente liga a imagem deles com seu antigo aliado, Sorin Markov. Se sentindo novamente traída, Nahiri corrige os edros, fecha a rachadura, e sai em busca de seus “amigos”.
Enquanto isso, Bolas aproveitava a ausência da guardiã de Zendikar para colocar seu plano em ação. O primeiro Planeswalker atraído por ele foi Sarkhan, que tinha uma grande afinidade por dragões, e de repente começou a ouvir mensagens de um dragão com um poder nunca antes visto por ele. Obedecendo seu mais novo mestre, Sarkhan foi para Zendikar com a missão de proteger o Olho de Ugin, como era chamada a prisão dos Eldrazi para os zendikari. Sem mais informações, Sarkhan se prostrou em frente a prisão, pronto para impedir quaisquer intrusos.
Ultimato Cruel. Todd Lockwood.
A próxima Planeswalker nos planos de Bolas era ninguém menos que Chandra Nalaar, a piromante. Para atraí-la, Bolas lhe deu uma “dica” sobre um pergaminho contendo uma poderosa magia incolor de fogo. Chandra não resistiu aos encantos de uma nova magia, invadiu a biblioteca onde o pergaminho estava protegido e escapou para Zendikar, o único lugar onde o pergaminho revelaria seu conteúdo.
Jace Beleren seguiu um caminho parecido. Sabendo de um pergaminho, o poderoso telepata seguiu Chandra até Zendikar, para estudar com ela o poder dessa magia. Utilizando a ajuda de um vampiro para os guiar, ambos chegaram ao Olho de Ugin, onde Sarkhan os entendeu como uma ameaça e os atacou. Os três rapidamente perceberam que suas magias não funcionavam muito bem perto do Olho, como se suas mágicas coloridas fossem engolidas por algo ali dentro. Como Sarkhan tinha mais treinamento físico, Chandra se sentiu em desvantagem, e então abriu o pergaminho e liberou o Lumespectro, também conhecido como o Hálito de Ugin. Assim, com três centelhas e a magia incolor, a fechadura da prisão se abriu, e os Eldrazi foram libertados. Os três Planeswalkers, percebendo a ameaça, fugiram sem entender as reais consequências de seus atos, sem entender que tinham acabado de condenar Zendikar.
Embora o plano de Bolas tenha funcionado, seu resultado final não foi atingido. Sim, o portão tinha se aberto, mas era apenas uma fresta, que não permitia a passagem dos corpos dos titãs Eldrazi. A porta estava entreaberta, mas precisava ser completamente escancarada para que os Eldrazi fossem realmente libertos. Esse evento, porém, já estava destinado a ocorrer nas mãos de uma nativa do plano: a Planeswalker Nissa Revane.
Percebendo a devastação que os Eldrazi causavam às maravilhas naturais de seu plano, Nissa comandou um grande exército de Zendikar para tentar combater a nova ameaça. Porém, nenhum número de aliados era páreo para uma fração da grande força Eldrazi. Toda Zendikar estava em desespero, e algo precisava ser feito, não importava o custo.
Nesse meio tempo, Sorin Markov voltou para Zendikar após sentir a liberação de grupos de Eldrazi. Ele estava preocupado: se os Eldrazi estavam soltos, onde estava o sinal de reunião? Onde estavam Ugin e Nahiri? O primeiro chamado que Nahiri fez não alcançou Sorin devido à Câmara Infernal, um monólito colocado em Innistrad que serviria de prisão para demônios e até os Eldrazi, caso eles chegassem a esse plano. Porém, esse mesmo artefato teve o efeito colateral de absorver a mensagem original da litomante, impedindo que o vampiro viesse em seu apoio. Sorin, mesmo confuso com a ausência de Nahiri no meio de uma grande invasão Eldrazi, chegou em Zendikar com o único objetivo de restaurar a rede de Edros e fechar novamente o selo da prisão.

Câmara Infernal. Jaime Jones.
Durante sua viagem para o Olho de Ugin, Sorin se encontra com Nissa, e percebe que não só ela é uma Planeswalker, mas ela tem o poder necessário para ajudá-lo a controlar a mana das linhas de poder que chegam aos edros. Nissa estava em busca de aliados para conter a ameaça Eldrazi, então eles decidem se unir nessa luta para selar novamente a prisão. Porém, assim que ambos alcançam o Olho, Nissa revela seu verdadeiro objetivo: em vez de refazer a prisão, ela canaliza sua energia para o elo principal da corrente e o despedaça, liberando finalmente Ulamog, Emrakul e Kozilek em suas verdadeiras forças. Sorin, desapontado com a ingenuidade de Nissa, abandona o plano à própria sorte.
Nissa, pensando no bem do próprio plano, queria evitar que ele se tornasse uma prisão, onde todos tinham medo o tempo todo da próxima fuga Eldrazi. Ao despedaçar a rede de Eedros, ela esperava que os Eldrazi agissem como animais assustados, e voltassem para o espaço entre planos, em busca de um mundo mais fácil para devorar. Não foi o caso: os Eldrazi tinham passado muito tempo sem se alimentar, e as grandes reservas de mana de Zendikar eram apetitosas demais para simplesmente abandonar. Ao tentar proteger Zendikar, Nissa causou sua ruína.
Pouco tempo após a liberação dos Eldrazi, Emrakul e Kozilek desapareceram, e muitos simplesmente assumiram que esses dois titãs haviam deixado o plano de vez. Porém, Ulamog continuava se alimentando de Zendikar, e ninguém tinha forças o suficiente para lidar com seus Zangões, quanto mais com o próprio titã. O plano, porém, não estava sozinho: ele tinha heróis, campeões de todo o multiverso que planejavam se unir à luta.

Nissa e Sorin contra os Eldrazi. Austin Hsu.
O primeiro a entrar nessa batalha foi o hieromante Gideon Jura, vindo de Theros. Ele havia visitado Zendikar ao tentar conquistar Chandra, e tentar salvá-la de suas próprias ações. Porém, ao chegar no plano pouco depois da liberação total dos Eldrazi, ele tomou o comando de um Posto Avançado humano, defendendo-o das proles de Ulamog. Gideon era um ótimo líder, e um guerreiro melhor ainda, mas mesmo ele não era capaz de lutar contra Ulamog quando esse apareceu, o que virou novamente a luta pro lado dos Eldrazi. Gideon admitiu sua derrota, abandonou seus homens para morrerem, e transplanou para longe. Porém, aquilo não seria o final: o Planeswalker buscaria outros, mais poderosos, para vingar os caídos em batalha.
Os três primeiros a se unirem nessa batalha foram Gideon, Chandra e Jace, sendo os dois últimos por se sentirem responsáveis diretos por suas ações. Outros dois Planeswalkers que se uniram a luta foram nativos de Zendikar, a elfa Nissa Revane e a tritã Kiora, buscando proteger sua casa e seu povo. Juntos, eles comandaram a batalha unindo todas as grandes raças de Zendikar: tritões, humanos, anjos, goblins, vampiros e os kor. O grupo brigou e debateu sobre a melhor estratégia de como lidar com o titã, mas no final Jace conseguiu utilizar seu conhecimento sobre as linhas de poder e dos edros para traçar o plano de prender Ulamog na cidade de Portão Marinho usando a própria rede de edros.
Batalha por Zendikar. Tyler Jacobsen.
A guerra foi violenta, com muitas mortes pelo caminho, mas o plano deu certo: os edros foram organizados em um anel, e o grupo celebrou o aprisionamento de um Titã. Mas a alegria não durou muito tempo, pois um antigo inimigo do plano apareceu para se vingar do lugar que havia se tornado sua prisão por tanto tempo. Ob Nixilis utilizou os edros para canalizar a energia da rede em si mesmo, juntando energia o suficiente para reacender sua centelha apagada, mas destruindo os elos da corrente no processo.
Toda a agitação acabou trazendo mais problemas. O titã Kozilek, ao contrário do que se acreditava, nunca deixou o plano, e estava em vez disso soterrado nas profundezas do oceano de Zendikar. A energia da prisão se desfazendo novamente foi o suficiente para acordá-lo de seu sono, e agora o grupo tinha mais uma preocupação além de Ulamog.
Após uma briga ferrenha contra Ob Nixilis, Chandra consegue resgatar seus aliados Planeswalkers e forçar o demônio a recuar, o que ele fez rindo por ter condenado Zendikar. O grupo, agora contendo Jace, Chandra, Nissa e Gideon, tinha uma decisão a fazer. Eles poderiam fugir desse plano aparentemente condenado, e abandonar as vidas que ele ainda continha, ou continuar lutando para proteger aqueles que não podem se proteger. O voto foi unânime, e naquele momento nasceu a primeira geração da Gatewatch, um grupo de Planeswalkers unidos para proteger o multiverso de ameaças das quais nenhuma criatura presa a seu plano poderia se defender. Os Eldrazi, claro, foram seus primeiros alvos.
Buscando uma maneira de derrotar essa ameaça, Jace acaba encontrando com Ugin, agora um dragão espírito por ter se ressuscitado. Ugin estava ocupado reconstruindo a rede de edros, e foi ele quem explicou a Jace como utilizar as linhas de poder em primeiro lugar. Ugin forçou Jace a fazer uma promessa: como era impossível saber as consequências de destruir essas criaturas, ele não deveria matá-las nem deixá-las livres; deveria aprisioná-las para sempre.
Visão de Ugin. Tyler Jacobson.
Mesmo com essa promessa, Jace ofereceu aos outros Planeswalkers uma alternativa: acabar com a luta ali e agora. Seu plano funcionou com a ajuda de todos: Kiora e Gideon defenderam seus aliados da ameaça titã, Jace usou sua telepatia para guiar e comandar os esforços, Nissa utilizou a essência de Zendikar para atrair os titãs e prendê-los na realidade com as linhas de poder, e então transferiu a fonte quase infinita de mana para Chandra, que utilizou sua piromancia para queimar os titãs como uma árvore de Natal seca. Os pedaços dos Titãs se espalharam por Zendikar; pedaços de sua carne do tamanho de casas caindo do céu após a explosão, e uma quantidade suficiente de sangue correndo para criar novos rios. Uma imensa bagunça, mas uma bagunça com um final: os titãs estavam mortos, e Zendikar estava livre.
Muita coisa mudou desde a última vez que ouviu-se falar de Zendikar. Sorin e Nahiri passaram de aliados para inimigos jurados, o titã Eldrazi Emrakul foi preso em Innistrad, o dragão Nicol Bolas foi derrotado pela própria Gatewatch que seu plano ajudou a formar na Guerra da Centelha. Mas mais uma vez, o sol nasce em Zendikar, e é possível finalmente ver o plano como Nissa o viu crescendo ali, com florestas abundantes crescendo com vida nova. Ou podemos acompanhar Kiora conforme ela nada em seus rios, finalmente livres da corrupção Eldrazi e de seus deuses falsos. Sejam muito bem-vindos ao Renascer de Zendikar!
Rede de Edros Alinhados. Richard Wright.
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