Theros: Alem Da Morte - MECANICAS
MECANICAS
Nos posts sobre mecânicas analisaremos todas as mecânicas que traçam as características principais de Theros: Além da morte. Antigas e amadas mecânicas voltam trazendo reprints, novas cartas e novas formas de usar estratégias já consolidadas no Magic. Também temos novas mecânicas que surgem para somar a todas as centenas formas de montar uma estratégia. Assim, analisaremos todas elas em diversos posts, não apenas para entendermos o que nos espera em Theros, como também para relacionar essas mecânicas com a Lore e para que, principalmente, você tenha uma experiência incrível ao abrir um Booster do Pacote de Lançamento. Não serão apenas cartas novas e exclusivas dessa edição, mas uma experiência de Lore e entendimento de jogo.
DEUSES E DEVOÇÃO
Em Theros encontraremos um universo que se divide em Deuses. Cada Deus exerce grande influência e traz consigo criaturas fiéis que acreditam em seus poderes e, logo, possuem devoção a eles. Dessa forma, os Deuses são figuras-símbolo de Theros, e alinhado a eles teremos tanto Mecânicas como Lore que trazem um grande contexto para esse plano.
- Devoção: Com devoção, teremos uma mecânica que contará o número de símbolos nos custos das suas permanentes, e, dependendo do número de devoção que você possuir, você ganhará um bônus em algo. Por exemplo, uma criatura que diga que quando ela entrar no campo de batalha você ganhará vida igual a sua devoção ao verde. Dessa forma, você contará os símbolos de custo de mana verde em suas permanentes e, sendo por exemplo 6, você ganhará 6 de vida. A devoção é o símbolo do poder dos Deuses, e quanto mais devoção há, mais forte serão suas influências no mundo. Por exemplo, todos os Deuses de Theros dependem da devoção às suas respectivas cores, e enquanto não tiverem aquela devoção em campo, não são criaturas mas somente encantamentos. Foi essa devoção que, inicialmente, fez com que deuses surgissem em Theros e protegessem os humanos da tirania dos titãs.
Heliode, Coroa de Sol
Heliode, o Deus que governa Theros, empunhando sua lança Crusor. Alinhado ao mana Branco, Heliode é uma clara referência tanto a Zeus (Deus-superior do Olimpo) quanto a Hélio (ou Apolo, em grego), o Deus-Sol. Com mãos-de-ferro, faz valer sua lei sobre Theros.
Daxos, Abençoado pelo Sol
O Campeão mortal escolhido por Heliode é Daxos. Um fiel e habilidoso espadachim que se destacou dos demais e foi elevado ao patamar de semideus pelo Senhor do Sol. Daxos, Abençoado pelo Sol usa sua antiga máscara de ouro como escudo.
Augúrio doSol
“Meu tempo chegará, quando toda alma se deleitar em minha glória e obedecer a minha lei”.
Thassa, Habitante das Profundezas
Comandante das marés, oceanos, rios, lagos e todas as águas de Theros, Thassa é uma Deusa-Tritã alinhada ao mana Azul. Com profunda sabedoria, ela determina o destino daqueles que se aventuras em seu território e cuida das criaturas marinhas. É uma referência ao Deus grego Posêidon.
Calafe, a Amada do Mar
Calafe era uma trapaceira de Meletis que, após decifrar os padrões secretos dos ventos marítimos, provocou a ira de Thassa. Após este fato, Calafe ascendeu ao Nyx, o caminho dos Deuses, e conquistou seu lugar entre as estrelas e foi escolhida como Campeã por Thassa.
Augúrio do Mar
“Meu tempo chegará, quando a maré crescente surgir acima da mais alta montanha”.
Érebo, Coração Sombrio
Senhor do Submundo e guardião da passagem que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos, Érebos, alinhado ao mana preto é o Deus responsável pela “segunda vida” dos que morrem em Theros. É uma referência ao deus grego Hades e seu nome é, na mitologia grega, a entidade que personifica a Escuridão.
Tymaret, Escolhido pela Morte
Tymaret, mais conhecido como Rei Homicida foi um Humano morto-vivo, que conquistou seu lugar Submundo por sua brutalidade e implacabilidade contra seus inimigos. Líder de Odunos, foi escolhido por Érebo para defender Meletis contra o ataque de Daxos e Heliode.
Augúrio da Morte
“Meu tempo chegará, quando o esforço frenético da vida desvanecer na quietude ilimitada da morte.”
Púrforo, de Sangue Brônzeo
O criativo e hábil Deus das forjas, do fogo e do trabalho com metais, Púrforo, é alinhado ao mana vermelho. É ligado ao trabalho árduo, à coragem e bravura. É uma referência ao Deus grego Hefesto.
Anax, Temperado na Forge
Anax fora o lendário rei da pólis de Ácros e muito devoto de Púrforo, e defendeu bravamente sua cidade de uma invasão de Rhordon. Derrotado, mas vitorioso, Anax triunfou. Após sua morte, quando se fez necessário, Púrforo reforjou Anax, um Campeão que só pensava na vitória e repetia o nome de sua amada, Cymede. Anax e Cymede são inspirados na figuras de Leônidas e sua esposa, Gorgo.
Augúrio da Forja
“Meu tempo chegará, quando todo o mundo for reforjado nas chamas de minha invenção.”
Nylea, Mira Certeira
Alinhada ao mana verde, Nylea governa bosques, florestas, matas e clareiras. Resoluta, ela vigia seus domínios com ferocidade. Pune aqueles que conspurcam a vida natural, mas auxilia e assiste os que pedem sua graça. É uma referência à deusa Ártemis, Deusa da caça.
Renata, a Chamada à Caça
Segundo as lendas acroanas, Renata foi testada pelo Deus Keranos a matar bestas que ele mesmo criara. Keranos impeliu-se a criar Quimeras que nem a caçadora se atreveria a perseguir. Renata não só derrotou essa criatura como todas as outras criadas por Keranos, ascendendo às estrelas e sendo a escolhida por Nylea para defender Meletis. Renata é uma referência à virgem caçadora Atalanta.
Augúrio da Caça
“Meu tempo chegará, quando nenhuma estrada dividir o infinito verdejar das florestas”.
Ashiok, Inspiração do Pesadelo
Antes de explicarmos a mecânica de Escapatória em si, seria oportuno falar sobre quem - ou melhor, o que - inspirou a primeira mortal a escapar do Submundo. Ashiok, Inspiração do Pesadelo é um ser cósmico que procura o pesadelo perfeito dentro do devaneio dos mortais. Ao acessar os pesadelos de Elspeth, já morta no Submundo de Theros, Ashiok acaba por ver algo inesperado: Elspeth reage ao próprio pesadelo e nele adquire a verdadeira Crusor, a Lança de Heliode.
Elspeth, Nêmese do Sol
Elspeth, após se erguer contra seus pesadelos e se rebelar contra o Submundo e adquirir a verdadeira Crusor, abre caminho para o mundo mortal, liderando sua marcha contra Heliode. Em suas habilidades de Planeswalker, podemos ver que ela fortalece suas criaturas ou recruta mais soldados para seu exército marchante, ou ainda pode te garantir mais 5 pontos de vida. A novidade é que sua história marcou profundamente Theros, e é a primeira planeswalker com a mecânica de Escapatória incorporada à sua carta. Pelo custo de 6 manas, sendo quatro genéricas e duas brancas, além de exilar quatro outras cartas de seu cemitério ela retornará mais uma vez do Submundo para lutar por justiça.
Vislumbre de Liberdade
Por duas manas, sendo uma genérica e uma azul, Vislumbre de Liberdade permite ao seu controlador comprar uma carta como uma Instantânea. No entanto, uma vez em seu cemitério, você pode pagar o custo de escapatória desta carta (neste caso, 3 manas - duas genéricas e uma azul - além de exilar cinco outras cartas do seu cemitério) e fazer com que essa carta execute seu efeito mais uma vez, também como Instantânea.
Fênix de Cinzas
3 manas - uma genérica e duas vermelhas- e você tem uma criatura 2/2, com voar e ímpeto. Muito bom, não? Além de sua habilidade de mana, 3 manas - duas genéricas e uma vermelha - ser uma melhoria no seu poder de ataque, a Fênix de Cinzas, por seu custo de escapatoria (neste caso, 4 manas, sendo duas genéricas e outras duas vermelhas, além de exilar outras três cartas de seu cemitério) poderá voltar do cemitério ao campo de batalha com um marcador +1/+1, uma ótima interação com a nova mecânica!
Fruta de Tízero
Por uma mana preta, o jogador alvo perde 2 pontos de vida. No entanto, a fruta dos mortos poderá escapar do cemitério pelo custo de 4 manas, três genéricas e uma preta, além de exilar três outras cartas do seu cemitério. Como curiosidade, a Fruta de Tízero é uma referência à fruta dos mortos que os gregos acreditavam ser a romã.
Cálix, a Mão do Destino
Essa força cósmica do Nyx que aviva os Encantamentos é tão forte que temos a obra-prima de Klotys, Cálix, como um Planeswalker totalmente voltado para essas permanentes! Suas habilidades de Planeswalker envolvem filtrar seu grimório em troca daquele encantamento perfeito para mudar os rumos da batalha ou prejudicar o jogo do oponente e ganhar mais tempo de batalha. Sua última habilidade, no entanto, é uma total mudança de jogo, retornando todas as cartas de encantamento do seu cemitério diretamente de volta ao campo! Calix, a Mão do Destino é uma carta sensacional para decks de Encantamentos!
Protegida de Iroas
Uma antiga mecânica super interessante foi retomada em Theros: Além da Morte, a mecânica de Constelação. Sempre que um encantamento entra no campo de batalha, as cartas que possuem Constelação executarão um efeito especial. A Protegida de Iroas ganha Golpe Duplo sempre que um encantamento entra no campo de batalha em seu controle. Isso pode realmente mudar os rumos de uma batalha!
Eutropia, a Duplamente Favorecida
A feiticeira servente da Deusa das Florestas e da Senhora das Marés também possui um efeito interessantíssimo de Constelação: cada vez que um encantamento entra no campo de batalha sob seu controle, a criatura ganha um marcador +1/+1, além de ganhar “Voar” até o final do turno. Tudo isso com uma arte estonteante da artista Sara Winters!
Errante Nessiano
Percorrendo caminhos estrelados pelo mar verdejante de Nylea, o Errante Nessiano permite ao seu controlador, sempre que um encantamento entrar no campo de batalha sob seu controle, olhar as três cartas do topo do seu grimório, revelar uma carta de terreno dentre elas e colocá-la em sua mão, depois colocar o resto delas no fundo do seu grimório. Uma adição bem forte em decks que procuram rápido essas fontes de mana!
Profecia de Medomai
Esta saga conta um pouco dos poderes de Medomai, o Atemporal. A Esfinge pode prever o futuro e utiliza esse poder para tirar o máximo de proveito de todas as situações. Em jogo, essa carta, por duas manas (uma genérica e uma azul) pode gerar uma vantagem de cartas na mão muito grande ao longo de quatro turnos. A arte sensacional de Seb McKinnon é inspirada nos oráculos gregos!
Os Primeiros Jogos Iroanos
Uma saga de quatro partes que cria um soldado e pode crescê-lo para gerar uma vantagem não só em campo mas também em cartas na mão! Os Primeiros Jogos Iroanos são uma referência clara aos Jogos Olímpicos gregos, que acreditavam ficar mais perto dos Deuses nessas competições.
O Nascimento de Meletis
Esta Saga nos presenteia com um fragmento da história do surgimento de Meletis, uma das mais importantes póleis de Theros. Sua arte, inclusive, recobra a lenda do surgimento de Atenas, criada pela deusa Atena numa disputa com Posêidon. Essa carta possui 3 capítulos, que podem remeter à construção de uma pólis desde suas fundações. Ao final da saga, seu controlador terá conseguido um terreno adicional, uma criatura artefato do tipo Barreira para defender melhor seu jogo, além de ganhar 2 pontos de vida.
A Guerra Acrosana
Por 4 manas, sendo três genéricas e uma vermelha, o jogador poderá colocar em campo uma Saga rara inspirada na Guerra de Tróia! São três capítulos que fazem efeitos muito característicos da cor vermelha: rouba uma criatura do oponente, força criaturas a atacarem e aplica dano direto a elas no seu último capítulo. Tudo isso com uma linda arte inspirada nos painéis e pinturas de ânforas gregas antigas!
Tymaret Convoca os Mortos
O Rei Homicida convoca os mortos para se reerguerem e lutar ao seu lado. No campo de batalha essa carta enche o seu cemitério com cartas direto do seu grimório e pode criar fichas de zumbi 2/2 a partir de criaturas ou encantamentos que estão no cemitério, se exilados. No fim, a Saga concede pontos de vida e vidência para o seu controlador, baseado no número de zumbis em campo sob seu controle. Além de, por si só, ter interações bem interessantes, essa carta ainda interage bem com escapatória ao deixar seu cemitério sempre cheio para pagar o custo extra
Haktos, o Intocado
Avançando destemidamente em meio a uma salva de flechas temos Haktos, o Intocado, uma referência clara a Aquiles, lendário herói grego! Segundo uma das versões das poesias, Tétis, mãe de Aquiles, tentou fazer o filho imortal ao banhá-lo do Rio Estige. No entanto, a única parte que lhe fez vulnerável foi por onde ela o segurou, o calcanhar (daí a expressão “Calcanhar de Aquiles”).
Alírio, Extasiado
Alírio aqui representa o mito de uma outra figura heróica grega, Narciso. Várias versões da mesma lenda existem, mas a mais conhecida é a seguinte: Narciso nasceu e cresceu como um belo rapaz, de beleza estonteante e orgulho inquebrantável. Seu destino, previsto pelo oráculo Tirésias aos seus pais, dizia que Narciso teria uma longa vida, desde que nunca olhasse seu próprio rosto. Seus pais então se desfizeram de todos os espelhos e objetos refletivos em sua casa na tentativa de evitar esse fim trágico. Porém Narciso, enquanto caminhava por um bosque, acabou por encarar o próprio reflexo num lago, e, completamente apaixonado por sua própria beleza, afogou-se. Em seu local de morte, nasceu uma flor que ganhou seu nome, Narciso. Alírio também possui o nome de uma outra flor, o lírio.
“Por que eu iria querer desviar o olhar?”
Gália da Dança Infinita
Os sátiros são criaturas queridíssimas da comunidade, sempre representados por sua alegria, diversão a qualquer custo e festividades sem fim. Na cultura grega, no entanto, são criaturas muito controversas, ora representadas como a desordem, o caos e a irresponsabilidade (como na história de Pã e Apolo), ora representadas como guardiões da natureza, defensores dos bosques e punidores dos que atentam contra o mundo natural. Sejam como forem, não tem como não admirar criaturas que festejam dia e noite como se não houvesse amanhã em meio a guerra entre deuses, semideuses, mortais e imortais e um ser feito de puros pesadelos!
Punição de Heliode
Após ser derrotado por Elspeth no Submundo, Érebo, com imensa felicidade, prepara a punição para seu rival de tantas eras. Por seu feito, Elspeth ganha passe livre para fora do Submundo por parte de Érebo, que estava satisfeito com a ajuda da Planeswalker. A relação mais clara que temos nessa arte é a de Heliode segurando o mundo, assim como o Titã Atlas foi punido a segurar o “paraíso” para os Deuses, ou Sísifo, que foi punido pelos deuses a carregar a uma pesada pedra ao topo de uma montanha, mas sempre que lá chegava, a pedra rolava de volta à base.
Afêmia, a Cacofonia
Aqui temos Afêmia, uma Harpia, criatura muito conhecida da mitologia grega. Normalmente do sexo feminino, Harpias possuíam busto de mulheres humanas, asas e pernas de águia e um rosto deformado. Aqui em Theros poderia ser facilmente o fruto de um distorcido pesadelo criado por Ashiok. Como curiosidade, é possível ver em algumas artes gregas de “Odisséia” algumas sereias atacando Ulisses em sua embarcação de volta a Ítaca. O que isso tem a ver? As sereias eram exatamente iguais às harpias, sem qualquer relação com a figura humanóide-peixe que temos hoje!
“Cante, beleza. Cante pela morte e pelos mortos.” - Ashiok.
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