Os Arquivos de Ravnica: Parte 6 - Os Grulls



Sejam bem-vindos aos Arquivos de Ravnica.

Aqui vocês terão o completo estudo sobre as 10 Guildas de Ravnica. Serão estudadas: Os Golgaris, Os Boros, Os Dimir, Os Selesnya e Os Izzets, Os Gruul, Os Azorius, Os Rakdos, Os Simic e os Orzhov. Vocês encontrarão todo o material reunido pelos Tutores, trago direto de Ravnica. Assim como também estudos sobre esse material e analise dos mesmos. É chegada a hora de nosso retorno para o grande plano de Ravnica, e darmos continuidade as investigações iniciadas em nossa primeira viajem; e para estarmos preparados para isso, é hora de estudar as últimas 5 Guildas restantes. Cada Estudo sobre Guildas será dividido em duas partes: a primeira parte sendo a parte técnica, e outra a parte do Cotidiano.

- Parte Técnica: na parte Técnica passaremos por toda a estrutura da Guilda estudada no dia, falando sobre suas características, seus membros e seus objetivos.

- Parte do Cotidiano: olhar apenas o lado genérico, o lado mais exposto, não é a nossa visão. Aqui faremos uma leitura sobre o Cotidiano de um membro comum da respectiva Guilda estudada. Mostraremos um exemplo do o que seria um dia-a-dia na maior Cidade do Multiverso, algo que trará uma profundidade ainda maior sobre o que é ser membro de uma Guilda.

Com esses dois tópicos vocês, Planeswalkers da Academia Bacon Arcano, poderão ter não só o entendimento sobre as Guildas, mas também ter afeição por alguma (ao ponto de se identificar dentro dos próprios conceitos da Guilda) como ter repulsa (não concordando com os ideais da mesma).

Esse é Objetivo principal desse trabalho realizado pelos Tutores: conheçam Ravnica, a Cidade das Guildas, de uma maneira nunca antes vista.

Hoje vamos estudar sobre o caos e destruição que caminha pelas ruas de Ravnica, veremos a mais destrutiva e uma das mais perigosas guildas: A Guilda Gruul




ARQUIVOS DE RAVNICA

Arquivo 6: A Guilda Gruul

Parte 1 de 2 –  Técnica

Nome: Os Clãs Gruuls

- CONTEXTO:

Entre becos e arenas de luta tomadas por vegetação, você poderá encontrar os Gruuls vagando, em passos ferozes e com propósitos destrutivos em mente. Tidos como selvagens os Clãs Gruuls vivem em uma guerra constante, e assolam as ruas de Ravnica com uma destruição constante. No passado, os Gruuls eram os xamas que tinham o papel de resguardar todas as partes selvagens de Ravnica, mantendo a população e o que não deveria ser tocado sempre em linhas visíveis. Porem, com a expansão constante da cidade, as selvas dos Gruuls foram quase que totalmente ocupadas, e eles tomaram raiva da civilização. Hoje, assim, seu único propósito é causar dano em toda Ravnica, e nas Guildas que os rebaixaram. 



- FUNÇÃO:


Se um dia os Gruuls possuíram uma função clara e nobre dentro da cidade, hoje nem mesmo os próprios membros da Guilda se importam em terem ou não uma função. Eles não temem as leis, e nem respeitam o Pacto. Inimigos ferrenhos dos Boros e Azorius (inimizade essa que vem dês de antes do Pacto) os Gruuls vivem uma anarquia total, e tem como objetivo a destruição. Antes que as guildas de Ravnica se formassem, os Gruul eram um conjunto de druidas e xamãs que celebravam e reivindicavam as áreas desertas da cidade. Obviamente, os Gruuls falharam nessa tarefa. Alguns sábios supõem que foi o momento em que um xamã Gruul viu a última árvore druida cair, e o último bosque sagrado ser cavado para uma pedreira, que a centelha de indignação foi acesa. Essa faísca tornou-se uma necessidade que tudo consome de se vingar da civilização e daqueles que trabalharam para o "progresso". Nesta era atual, a maioria dos clãs Gruul simplesmente vive segundo a regra de que "os fortes sobrevivem, a regra mais forte", mas ainda há uma pequena faísca dos antigos caminhos deixados em certos clãs Gruul. Os Zhur-Taa acreditam que os terremotos que ressoam pelo cinturão de escombros são um sinal de que os deuses da terra profunda estão despertando e se preparando para se levantar e destruir as "baratas de calçada". Os Zhur-Taa acreditam que o primeiro sinal deste apocalipse será a vinda de Ilharg, o javali-deus.

- LIDER:


 Com a Guilda dividida em vários Clãs diferentes, os Gruuls nunca possuíram assim uma liderança certa, até mesmo porque realizam guerra entre si mesmos além de com a cidade. Porém, um nome que faz não somente Ravnica tremer, mas os próprios clãs, é Borborygmos, um Ciclope Lendário gigantesco. Líder do clã da Arvore, ele conseguiu defender sua posição de Líder de clã por anos afins, o que de certa forma o tornou uma espécie de Líder não oficial, mas temido, de todos os outros clãs.

- REGIÕES:



Skarrg: o local reunião. Nos restos de um palácio imponente, cheio de crateras, uma grande fogueira queima, marcando um lugar de tradição para os Gruul. Skarrg não é exatamente um campo neutro para os clãs Gruul, já que nenhuma trégua é respeitada e velhos ressentimentos tendem a levar rapidamente a um combate sangrento. Mas os clãs Gruul se encontram periodicamente em Skarrg, vindo de todos os cantos de Ravnica. Javalis gigantes são assados e grandes batalhas são travadas, e é ali que os Gruul encontram algo parecido com camaradagem.

The Rubblebelt: Cada distrito tem a sua cota de posseiros Gruul. Mas muitos membros da Guilda Gruul habitam um arquipélago de zonas devastadas fora do Décimo Distrito. O Rubblebelt é uma massa de edifícios destruídos; favelas; e estranhos vagando. "O Cinturão" é cercado por todos os lados por áreas mais civilizadas; outras guildas muitas vezes tentam invadir esta área e tentar recuperá-la para seus próprios usos, gerando conflitos intermináveis com os Gruul que rejeitam a civilização.


- OPINIÕES:



Aqui está um compilado de frases que definem a opinião dos Gruuls para com as demais Guildas:

Azorius: "Nosso mundo está doente e os Azorius são as praga. Uma vez destruídos, Ravnica recuperará sua essência primal."

Orzhov: "Uma guilda de fantasmas e mentirosos. Melhor não ter bolsos para eles escolherem."

Dimir: "Fracos vestidos em sombras ameaçadoras. Leve um Dimir até a luz e você verá o quão miseráveis e magros eles realmente são."

Izzet: "Enquanto a Izzet tocam suas teorias e se encolhem aos pés de um dragão, os fortes esculpem o mundo".

Rakdos: "Os Rakdos sabem que medo é poder. Eles não têm poder sobre o Gruul."

Golgari: "Os Golgari sabem que para derrubar esta cidade, você começa na fundação. Mas seus corações foram enganados por sussurros de poder."

Boros: "Nós respeitamos os Boros! Então suas cabeças adornam nossas lanças".

Selesnya: "Um Selesnya iria enganar um lobo, ensiná-lo a buscar varas e chamá-lo de cachorro. Nós preferimos passar fome ao lobo, deixá-lo caçar sua comida e fazer um lobo mais forte."

Simic: "O Simic gostam de forçar a natureza, mas eles não vão gostar quando a natureza voltar."


- AS MAGIAS GRUULS:

Nessa sessão vocês poderão ter uma breve visão dos estilos das magias dos Clãs Gruuls, podendo assim usar esse estudo a favor de vocês, mantendo-se salvos de situações de possível confronto com a Guilda, como também usar das próprias magias para se protegerem.

- Zhur-Ta Goblin:


Temos aqui um belo exemplo da nova habilidade Gruul. Com Goblin Zhur-Taa, você tem uma criatura do tipo Goblin Amoque 2/2, com o custo de 2 manas sendo uma verde e uma vermelha. Sua única e incrível habilidade é a Riot (Tumulto). Um nome perfeito para uma habilidade, Tumulto te dará duas opções conforme o Goblin Zhur-Taa entre no campo de batalha: ou ele entrará com um marcador +1/+1 (levando-a ser uma 3/3) ou você dará ímpeto para ela, o que permitirá que já ataque assim que entre no campo batalha. Uma habilidade extremamente versátil aplicada a criaturas. 
Em seu Flavor Text temos uma ideia do o que é um ataque Gruul a cidade, assim como o modo de agir dos membros da Guilda: “No Clã Zhur-Taa, os Goblins são os primeiros a entrar em fúria de batalha. Quando a batalha termina, os sobreviventes ainda estão espumando pela boca, procurando alguém em quem bater.”

- Collision/ Colossus:


Com essa Split Card Gruul você poderá ver todo o poder destrutivo aéreo e terrestre que essa Guilda detém. Ambas Instantâneas, de um lado, com Collision, você terá uma mágica de duas manas, sendo uma genérica e uma hibrida (podendo ser vermelha ou verde) que causará 6 de dano em uma criatura com voar. Do o outro lado, você poderá crescer uma criatura sua, dando +4 de poder e +2 de resistência para ela até o final do turno, além de dar atropelar. Em ambas as artes temos objetos gigantescos sendo usados e arremessados por membros Gruuls em uma batalha. 

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ARQUIVOS DE RAVNICA

Arquivo 6: A Guilda Gruul

Parte 2 de 2: O Cotidiano


Conto 6: Liberdade, Proposito e Destruição

No horizonte, a luz do grande sol nascente passa por entre os prédios grandes e adornados, cheio de escravos. Eles pensam que são donos da cidade, mas estão presos em seu lindo ninho, onde na realidade, a cidade que é dona deles. A mera ideia de que já fui um centauro que fazia parte disso me faz querer quebrar algo, felizmente, já estou em uma luta. 
Ajoelhado com uma mandíbula quebrada na frente, um troll que aceitou uma aposta que poderia me derrubar. Não é a primeira vez que vejo alguém fazendo uma coisa idiota por um punhado de dinheiro. O grito de dor do troll, misturado com o barulho que algum osso quebrando, faz as pessoas em volta terem diversas reações. Com a exceção do maluco Rakdos, que estava gargalhando, todos se afastam quando meu casco finalmente acerta em uma parte mole.  Eu olho em silêncio para o troll caído, e lamento não ter pelo menos ganhado uma cicatriz extra. Não quero morrer sem cicatrizes.
Vou de encontro aos observadores, vários deles não são gruul, mas sentem o que eu sinto. Com a exceção de um Orzhov. A armadura completa indicava que estava lá a negócios.“ Me dê um bom motivo para eu não pisotear você nesse exato momento, praga Orzhov. “O Orzhov provavelmente já espera esse tipo de postura de mim e tira de sua bolsa uma bebida gelada a base de amora do campo. Eu me aproximo até que tenha que olhar para cima para me encarar e pego a bebida. “ Você pode falar até eu terminar essa garrafa.” 
“ Eu ouvi falar algumas coisas sobre esse encontro de luta, mas tenho que admitir que estou impressionado.“ O Orzhov, fala enquanto sorri. ”A diversidade da origem dos frequentadores é interessante, vocês conseguirem manter isso bem relativamente organizado e discreto é intrigante. Mas, um gruul que não mata inconsequentemente é algo único.” Ele aponta para o troll que ainda respirava. “Parece que a bolsa de ouro que prometi para ele vai para você” 
Eu dou um gole na bebida antes de falar. “Eu vejo aqui as criaturas mais fortes e inteligentes que já viveram. Eu vejo todo esse potencial e vejo o desperdício. Sua política, droga, toda uma geração escrava de um pacto e símbolos, seus oradores nos perseguindo promessas de segurança e luxo, trabalhando em guildas que não dão a mínima para que possam comprar coisas que não precisam. Todos aqui estão lentamente percebendo que as promessas não vão se cumprir. E estamos muito irritados. ”
O homem a minha frente percebe que ele não tem muito espaço sobrando para falar e resolve ir direto ao assunto. “Preciso que cause todo o caos possível na feira do décimo distrito. E destrua todos os papeis como esse. “ O Orzhov entrega um panfleto com algum tipo de propaganda anti-Simic. Sem dar uma resposta, eu termino minha bebida com um último gole, o homem a minha frente entende o recado, e se retira. 
“ Quero ver o papel.” Uma voz feminina me surpreende, fazendo-me virar o corpo. Era uma garota gruul, de aparência forte com o cabelo amarrado em inúmeras tranças, que sempre olhava as lutas, mas nunca tinha lutado, ou conversado comigo. 
“Voce sabe ler ?” eu pergunto antes de entregar para ela.
“Eu tô aprendendo. Eu tenho aula” ela diz enquanto tenho uma ideia de como proceder.

-

Me pergunto se realmente tinha sido uma boa ideia trazer a garota para ajudar. Ela era mais curiosa que um izzet. Me enchendo de perguntas durante o caminho até a feira. Eu queria encontrar a pessoa que irritou os Orzhov para saber a história toda, deveria ser alguem especial para fazer eles irem até os Solos Pisoteados me procurar. Um par extra de olhos iria acelerar o processo.

“ Então quer dizer que você não era gruul antes ? Porque virou gruul  ? “ Ela dizia.

“ Eu perdi tudo que eu tinha antes, guilda, família e vontade de viver. Mas é só depois do desastre podemos ressuscitar. É só depois que você perdeu tudo que é livre para fazer qualquer coisa. Nada é estático, tudo está evoluindo, tudo está desmoronando. Na época, minha vida parecia completa e talvez tenhamos que quebrar tudo para fazer algo melhor de nós mesmos." Eu falo mesmo sem a esperança que ela entenda. Mas depois de um tempo ela parece considerar tudo que eu falo. Quebro o silêncio e continuo “ Nunca tinha visto uma gruul estudar, porque você faz isso? ” 
 “ Quando eu era nova eu era pequena e frágil como um dimir, e meus pais decidiram me abandonar. Professor me salvou e me melhorou. Me ensinou muita coisa. E agora ensina a ler.” A garota fala com um sorriso genuíno na face, por um momento tenho esperança que ainda há algo de bom nessa cidade. Mas já tínhamos chegado no mercado.
 Estávamos no coração do distrito, uma praça de comércio. Centenas de pessoas andando e vivendo suas rotinas que eles mesmo odeiam. Segundos de vida perdidos. Eles não têm outras coisas para fazer? A vida é tão vazia que honestamente não consegue pensar em uma maneira melhor de passar esses momentos?  
Meu pensamento é quebrado quando, do meu lado, passa cantarolando uma centauro com vestes selesnya e dois caixotes em suas mãos. Seu trote era leve e uniforme, seu cabelo brilhava na luz do grande sol, e sua voz era mais bela que o barulho de um crânio rachando. A visão dela me fez meu peito bater mais rápido que em uma luta. Da caixa ela tira centenas dos panfletos que tínhamos. Eu olho para o panfleto e quando olho de volta ela está na minha frente com um sorriso enorme.
“Ah! Que bom! É bom saber que meu esforço aqui está compensando e a palavra está chegando até nos territórios gruul, fico realmente feliz.” Ela diz enquanto passa novamente por mim para entregar mais panfletos. O aroma dos jardins Selesnya a seguindo onde ia.
Eu saio de meu transe quando a garota estala os dedos na minha frente, ela parece confusa e pergunta “ Ei, você esqueceu o porquê estamos aqui? ” 

Eu penso um pouco antes de falar firmemente. “Pelo contrário, acabei de achar o porquê estamos aqui. Me aponte o laboratório Simic mais próximo, tenho uma declaração de amor para fazer. ”


                                                                                   Arte: Raquel Araujo

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