Os Arquivos de Ravnica: Parte 10 - Os Rakdos



Sejam bem-vindos aos Arquivos de Ravnica.


Aqui vocês terão o completo estudo sobre as 10 Guildas de Ravnica. Serão estudadas: Os Golgaris, Os Boros, Os Dimir, Os Selesnya e Os Izzets, Os Rakdos, Os Simic, Os Orzhov, Os Azorius e os Gruuls. Vocês encontrarão todo o material reunido pelos Tutores, trago direto de Ravnica. Assim como também estudos sobre esse material e analise dos mesmos. É chegada  a hora de nosso retorno para o grande plano de Ravnica, e darmos continuidade as investigações iniciadas em nossa primeira viajem; e para estarmos preparados para isso, é hora de estudar as últimas 5 Guildas restantes. Cada Estudo sobre Guildas será dividido em duas partes: a primeira parte sendo a parte técnica, e outra a parte do Cotidiano.

- Parte Técnica: na parte Técnica passaremos por toda a estrutura da Guilda estudada no dia, falando sobre suas características, seus membros e seus objetivos.

- Parte do Cotidiano: olhar apenas o lado genérico, o lado mais exposto, não é a nossa visão. Aqui faremos uma leitura sobre o Cotidiano de um membro comum da respectiva Guilda estudada. Mostraremos um exemplo do o que seria um dia-a-dia na maior Cidade do Multiverso, algo que trará uma profundidade ainda maior sobre o que é ser membro de uma Guilda.

Com esses dois tópicos vocês, Planeswalkers da Academia Bacon Arcano, poderão ter não só o entendimento sobre as Guildas, mas também ter afeição por alguma (ao ponto de se identificar dentro dos próprios conceitos da Guilda) como ter repulsa (não concordando com os ideais da mesma).

Esse é Objetivo principal desse trabalho realizado pelos Tutores: conheçam Ravnica, a Cidade das Guildas, de uma maneira nunca antes vista.

Hoje vamos estudar o cotidiano da arte, misturada com toques de masoquismo e de perigosos atos cênicos: A Guilda Rakdos.


ARQUIVOS DE RAVNICA

Arquivo 10: A Guilda Rakdos

Parte 1 de 2 –  Técnica

Nome: O Culto Rakdos

- CONTEXTO:


Formado por sádicos, psicopatas e criminosos, os Rakdos são uma perigosa Guilda liderada por um Demônio, o Rakdos. O Culto é uma junção de sede de sangue em conjunto com um insaciável desejo de poder; ao mesmo tempo que uma mistura de sadismo e crueldade voltada para a diversão. Como qualquer Guilda, o domínio da cidade de Ravnica e seu controle total é algo almejado pelos Rakdos, porém, esse desejo vem paralelo aos instintos primordiais dos Radkos: caos por diversão, conquista pessoal e violência desenfreada. 

Dentro do Pacto das Guildas os Rakdos foram mais uma das Guildas que se opuseram ao acordo no início, mas que acabaram se cedendo a ele no fim por medo de serem esmagados pela recusa.

- FUNÇÃO:



Um Planeswalker desavisado dentro da cidade poderia se perguntar porque uma Guilda formada por tantos membros perigosos da sociedade e sem nenhuma função aparente não foi até hoje dizimada pelas demais. Porém, é errôneo esse pensamento, e assim como as demais Guildas os Rakdos dentem uma função dentro de toda a sociedade. Dentro dos primeiros anos dos Pactos das Guildas, a função dos Rakdos era a de realizarem o trabalho nas minas de escavação, e também eram escravos. Nos dias de hoje, os Cultistas Rakdos vendem serviços como mercenários e assassinos. Eles também são peças de xadrez de um jogo maior, onde os paruns das guildas os utilizam para causar tumultos dentro da cidade para que as demais Guildas se unam, reforçando assim o Pacto. 

E é claro, dentro de suas maiores funções, os Rakdos estão na parte das artes, dos circos e dos teatros, trazendo peças de um duvidoso gosto sádico para todos os cidadãos de Ravnica, entretendo a população e tornando as noites de Ravnica cheia de arte; e matança sem propósito.

- LÍDER: 


Forjado de fogo e corrupção, o Profanador e Senhor do Tumultos: Rakdos. De origem desconhecida, Radkos foi um dos paruns ao assinar o Pacto das Guildas. Após o Pacto, ele e sua Guilda continuaram com seu cotidiano de matar, causar o caos e comer. Por milhares de anos o demônio utilizou da cidade e de todos os seus cidadãos como uma forma de entretenimento; um passatempo. A única sorte dos cidadãos eram os longos momentos onde o demônio passava adormecido nas profundezas do Submundo.

A última vez que foi despertado, séculos atrás, Rakdos causou uma grande destruição na cidade, destruindo vários lugares importantes e causando uma intriga entre todas as Guildas.  Hoje ele permanece adormecido novamente, e ninguém sabe ao certo qual será a próxima vez em que despertará.

- REGIÕES:



The Rings of Rakdos: O Culto Rakdos é formado por Anéis, que acomodam as conglomerações de pessoas que prestam homenagem a Rakdos em troca de proteção, bem como de membros do culto. A afiliação em Rakdos não é um acordo formal; é um sentimento de aceitação, de desvio compartilhado e justificação comunitária da amoralidade. Atualmente, existem nove Anéis principais de Rakdos, alguns mais depravados do que outros, cada um liderado por um líder de culto menor chamado Ringmaster, que finalmente responde ao próprio Rakdos. O número de Anéis é maleável, dependendo das exigências do público Ravnicano, dos caprichos de Rakdos e das jogadas de poder dos Ringmasters individuais. Os Anéis têm territórios baseados nas localizações físicas de seus clubes, e eles impõem seu controle sobre esses territórios com violência quando necessário. Muitos Anéis têm vários clubes dentro deles, que às vezes duram apenas semanas ou meses antes de serem fechados por assassinato em massa, grande incêndio ou, às vezes, pela aplicação da lei de outras guildas.

Diversion Clubs: Atualmente, existem cinco Anéis que atendem clubes de diversão afiliados à Rakdos. Os clubes vendem todos os tipos de comida e bebida, entretenimento de circo torcido, amenidades de casa de banho e revistas burlescas assustadoras. A maior parte da afiliação a Rakdos está envolvida nesses clubes de diversão como trabalhadores, artistas ou traficantes. Os membros da seita tendem a ser jovens e vivem uma existência noturna de festas e pequenos crimes. Há muita violência entre os membros do culto, assim como grupos "familiares" aleatórios que vivem existências nômades em casas atarracadas ao longo de Ravnica. A maioria dos membros do culto vivem a toda e morre jovem.
Debauchery Clubs: Atualmente, existem três Anéis que servem clubes de depravação, que geralmente são mais altos na escala de depravação. Esses clubes oferecem uma variedade de entretenimento, tatuagens e cicatrizes, luta e outros serviços. A maioria não tem uma porta óbvia que seja reconhecível pelo público em geral. Aqueles que desejam freqüentá-los devem pagar uma alta taxa de entrada ou fazer uma homenagem especial ao próprio Rakdos.


The Torturers: Há apenas um Anel orientado para a tortura, e está localizado nas profundezas do próprio Rix Maadi. Rakdos deixa esse "entretenimento" que inflige a dor aos bloodwitches e seus lacaios e masoquistas. Este é o Anel mais depravado, com assassinatos sacrificiais voluntários e involuntários. Uma das cavernas do Lava Pit de Rix Maadi está repleta de instrumentos de tortura de todos os tipos.

Rix Maadi, the Dungeon Palace: Rakdos mora dentro de Rix Maadi, uma hall construído em torno de um poço de lava na cidade. A rota mais direta para Rix Maadi é uma imensa escadaria de pedra que desce por um antigo túnel esculpido profundamente na terra por um vorme e reforçado com espessos pilares de pedra. Os membros de Rakdos chamam esta passagem subterrânea do Vestíbulo do Demônio. As paredes desmoronadas do túnel estão cobertas de faixas coloridas e velhas manchas de sangue. Esses estandartes desbotados e rasgados retratam todos os tipos de atos grotescos, bem como promovem clubes de diversões e "festivais". Isso cria um tom de carnaval sombrio mesmo antes de você chegar a Rix Maadi. Quando você desce na undercity, a temperatura sobe. Tudo é lançado em um brilho vermelho das veias de rocha derretida que se ramificam através das paredes e do solo. Antes de Ravnica ficar coberta de cidade, esta seção era um vulcão. O topo do vulcão foi há muito tempo retirado e substituído por edifícios, mas o núcleo fundido e os poços de lava ainda estão intactos.Rix Maadi fica na extremidade de um pátio, o seu edifício de pedra ornamentada ladeado por pilares de basalto irregulares que flui com fluxos de lava. Faixas de pano esfarrapadas pendem frouxas de estacas de metal e a ameaçadora luz vermelha escorre pela porta gigante. A fachada do Rix Maadi é a única parte do hall que se assemelha a um edifício real. No interior, Rix Maadi é uma grande caverna natural com um teto alto, onde "chaminés" ventilam a imensa câmara subterrânea.

- OPNIÕES:



Aqui está um compilado de frases que definem a opinião dos Rakdos para com as demais Guildas:

Azorius: "Como você faz um Azorius dançar? Arranque sua espinha e faça dele uma marionete."

Boros: "A única coisa para que os anjos são bons é para a prática de tiro ao alvo".

Dimir: "Eles não tem medo de sujar as mãos, mas eles precisam aprender a aproveitar mais a vida".

Gruul: "Nossos pobres e estúpidos primos. Há mais na vida do que pedaços de couro e pedaços de carne. Ou pelo menos, coisas mais divertidas do que as deles”.

Golgari: "Qualquer coisa que gasta tanto tempo ao redor de fungos deveria ser tirada de sua miséria".

Izzet: "Muito abafado, mas fazer explosões maiores e melhores é uma maneira razoável de gastar seu tempo."

Selesnya: "Dríades fingindo ser altruístas nos coloca em um humor muito matador."

Simic: "Cérebros esquisitos que mexem com a natureza por todas as razões erradas".

Orzhov: "A única coisa pior que um monte de regras é um monte de idiotas com o poder de forçar essas regras sobre os outros. Poder para Rakdos!"


- AS MAGIAS RAKDOS:

Nessa sessão vocês poderão ter uma breve visão dos estilos das magias do Culto Rakdos, podendo assim usar esse estudo a favor de vocês, mantendo-se salvos de situações de possível confronto com a Guilda, como também usar das próprias magias para se protegerem.


- Drill Bit:

Aqui temos um feitiço Rakdos que utiliza da nova mecânica da Guilda: Espetáculo. Bem definida pelo nome, a mecânica traz todo o contexto de grandes shows e apresentações feitas pelos Rakdos dentro de Ravnica. Com espetáculo você poderá conjurar suas magicas Radkos por um custo alternativo, contanto que um oponente seu tenha tomada dano esse turno (e não precisa ser dano de combate!). Com Drill Bit (Número Da Broca) você tem toda a capacidade Rakdos de arrancar as coisas de seus oponentes sem dificuldade alguma, e ainda com pitadas de diversão. Por 3 manas (sendo uma preta) você poderá olhar a mão de seu oponente e escolher qualquer carta que não seja um terreno dela, assim ele a descartará. Porém, se um oponente tiver tomado dano esse turno, você poderá pagar apenas uma mana preta por essa mágica. 
Em seu texto de flavor ‘’Nunca entediado’’ define bem umas das sensações de ser um Rakdos.



- Bedeck/ Bedazzle:

Aqui temos mais uma Magica Rakdos em forma de Split Card, duas cartas em uma! Em um lado com Embelezar (Bedeck) temos uma instantânea que por 2 manas, podendo ser pratas ou vermelhas, dará +3/-3 para uma criatura. Do outro lado, com Estupefazer (Bedazzle), sendo 4 genéricas, uma preta e uma vermelha, você poderá usar uma instantânea que destruirá um terreno não básico e dar 2 de dano em um oponente ou Planeswalker. Duas faces de uma realidade Rakdos, onde de um lado vemos algo delicado como se maquiar, porem mesmo assim que possui seu toque sínico e doloroso. Do outro lado temos uma entrada triunfal com fogos e explosões.


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ARQUIVOS DE RAVNICA

Arquivo 10: A Guilda Rakdos

Parte 2 de 2: O Cotidiano

Conto 10: Eu Sou, Eu Sinto, eu Faço, eu Amo.



O segurança perguntou: "Prazer ou dor?" 

"Dor", a Górgona disse, porque era um clube Rakdos, e ela sabia que essa resposta a permitiria entrar para o corredor que a levaria para o bar da frente. Um espaço que, hoje, era reservado para uma experiência mais “normal “. O bar dos fundos já era outra história.
O Bar Rakdos do Quarto Distrito dificilmente seria o melhor local para afogar as magoas em paz. Ela havia ouvido que o local recebia um bom investimento e proteção de uma família orzhov.  E, no entanto, ela sentia algo indescritivelmente pacífico em beber entre a população de todas as guildas enquanto tentavam esquecer de seus próprios problemas. Ela estava contente em ver a cidade desabafar um pouco. Era a primeira vez dela aqui, mas sabia que não receberia olhares esquisitos. 

Uma cultista levou-a por um corredor. Em seu final, uma fina cortina separava o mundo externo de tudo que acontecia dentro do bar. Não parecia privada o suficiente para um clube com musica tão alta. Mas ela entendeu o porquê da cortina. Isso passava uma mensagem. Quando se imagina um ambiente Rakdos, todos pensam que o que acontece aqui não é consensual. Que o que você tem é arrancado de você. Mas a Golgari já tinha vivido o suficiente para saber que isso só acontece se tentar forçar suas próprias regras sobre eles. Se você aceitar as deles ... era apenas um clube. Eles eram foliões, não desordeiros. Isso é provado pelo fato do clube ainda estar de pé mesmo com boros e alguns azorius frequentando.

Quando a Golgari passa pela cortina, ela vê o relativo, pequeno, mas aconchegante recinto Rakdos. A primeira coisa que percebeu foram os novos e modernos tópteros levando bebida de um local para o outro. Ela desce as escadas enquanto nota membros de todas as guildas engajados em seus próprios assuntos.

"Apreciando as vulgaridades, Azorius?" 
A Górgona vira seu corpo e vê um humano alto atrás do balcão. O Rakdos usava um casaco grosso de couro e tinha o corpo coberto de tatuagem. Ele falava com uma garota azorius, aparentemente indignada. 

“Você deve ir à cidade baixa se quiser ver uma festa de verdade. Estou pessoalmente organizando algo lá em dois dias. Eu acho que você vai gostar. ” O homem falava de maneira mansa, mas sua voz era alta e grossa.


"Isso é ilegal e você sabe disso. E vou recusar seu convite. A última vez que você me convidou para um show, passei uma rara noite de folga confiscando facas e outras coisas que não quero falar sobre. ” 


"Ninguém te forçou a ser uma estraga-prazeres." Após a fala do barman, a Azorios entende que não vai conseguir cooperação dele e segue para falar com uma Boros no meio do salão.

  A Górgona vê a oportunidade e senta na cadeira do canto do bar. A sua frente, ela vê o jornal do dia aberto em uma notícia relatando mais um incidente violento entre alguns membros de guildas diferentes. Ela tem uma impressão que foi notada quando o humano Rakdos começa a falar enquanto serve algumas bebidas para colocar nos tópteros.

“ Esses babacas, com certeza, sabem como chamar atenção. Até chegou aos ouvidos do cabeça de fogo lá embaixo. “ 

“ Pensei que caos era normal para vocês. “ A Golgari diz em um tom curioso.

“ Está ficando cada vez mais difícil saber o que é normal. ”

 O humano Rakdos deixa os copos por um momento enquanto move sua mão por debaixo do balcão trazendo três garrafas de bebidas.

“As dez guildas. “ O humano coloca uma garrafa no balcão. “ O pacto das guildas” em seguida coloca outra garrafa distante, mas alinhada com a primeira. “ A cidade de Ravnica “ e por último coloca a terceira entre elas formando um triangulo. “ É uma balança, correto? Mesmo com os sem guilda no meio, todos nós temos que manter nossos papeis, como em uma peça de teatro. Mas se as pessoas continuarem a ferrar com tudo, a cidade vai ficar mais quente que um anjo em chamas. As guildas estarão prestes a cortar a garganta umas das outras. ”
A Golgari estende um copo na direção dele antes de responder. “ Não querendo ser mal-educada, mas como os Rakdos ajudam a manter esse balanço? “


Ele pega o copo e começa a preparar um drink. A proeza e destreza do humano fazendo o drink é notado pela Golgari, que, mesmo não se interessando pela habilidade em si, admite que é interessante vê-lo trabalhando. Ela começa a ficar mais à vontade.


 “Eu acredito que minha guilda é mais do que apenas insanidade. É um símbolo universalmente reconhecido que significa liberdade e expressão. É o escape da vida monótona da cidade, marcada pelo sangue daqueles que pagaram o preço para se sentirem vivos. ”  Ele diz enquanto enche o copo de gelo. Coloca uma dose de vodka, depois metade de uma dose de licor de pêssego. 


“ Nos lidamos com algo que é mal-entendido por todos vocês que não são Rakdos. Para nós, a vida é muito curta para não se fazer o que você gosta. Os seres vivos são impulsionados por emoções. Fazer o que “sente” é a coisa certa a fazer. Dito isto, nós podemos ser muito envolvidos em se preocupar um com os outros. Amor, paixão, lealdade, amizade – Somos bons em todos os tipos de experiências de relações. A proposta não é prejudicar os outros. Acontece, porém, é mais como um efeito colateral que satisfaz seus próprios impulsos do que qualquer desejo premeditado de causar dor aos outros. ” Ele completa o drink com suco de laranja, deixando um dedo sobrando. Em seguida, ele acrescente xarope de groselha dando uma cor viva a, já colorida, bebida. 


A Golgari considera por um momento o que ela ouve “ E como que as outras guildas e a cidade entram nisso? ” 


“ Nós te ajudamos a buscar essas relações e emoções. Imagine um trabalhador que, a trinta anos, ocupa uma função honesta na grande cidade. O que ele vai fazer quando não estiver fazendo o que sempre faz? Vai a uma festa Boros? Passear nos jardins Selesnya? Eu acredito que vocês merecem algo melhor que isso. E nós providenciamos, em arenas espetaculares, um show que oferece grandes truques com precisão impressionante, com coração e alma. Os níveis de habilidade são surpreendentes porque vocês sabem que a vida está por um fio. Por mais que suas ideias digam para você não olhar, seu coração te permite aproveitar cada segundo. Este sempre foi o caminho Rakdos. “ O humano diz tudo com uma paixão contagiante. Mas sem perder a postura séria.

“Você parece saber muito bem sobre a parte do espetáculo... “ Ela comenta enquanto aprecia o drink colorido que recebeu. 

“ Admito que a arena de show não é um terreno estranho para mim. Eu me apresentei nelas por vários anos. Eu fazia acrobacias usando asas de anjos que eu mesmo tinha coletado. Pessoas de todos os dez distritos vinham aos meus shows. E eles voltavam. Voltavam pelo mesmo motivo que todos estão aqui hoje. Para escapar um pouco do mundo lá fora. ” O humano diz enquanto começava a preparar um outro drink para um Simic. 

“ Entendo, mas, e a parte da violência e massacres pelo qual vocês são bem conhecidos? ” A Golgari diz sem tirar o olho do show de bebidas na frente dela. 

“ Sim, tem essa parte. Por outro lado, quando se faz o que quer, escolhemos muitas ações que fazem os outros sofrerem. É tudo sobre poder fazer algo. Sobre o grande orgulho em mostrar aos outros o seu lugar no mundo, que você existe. O mundo é como um palco muito pequeno que não cabe todo mundo, e você precisa brilhar e realizar as coisas que quer. E você parar porque tem alguém no caminho, quer dizer que você não queria aquilo de verdade. ” Suas mãos não paravam de trabalhar enquanto falava. Gelo, duas doses de vodka, seis doses de suco de tomate e uma leve pitada de vinho xerez seco, gotinhas de pimenta, tudo se transformando em uma única bebida. 

Uma briga começa no canto do bar, mas não afeta muito o ambiente. A Górgona fica curiosa com o homem a frente dela.  “ E por que você deixou os palcos? “ 

O humano não se move mas abre um breve sorriso para ela quando ouve a pergunta. “ Muito simples, eu fiz o maior truque da minha vida. Foi algo tão espetacular que o próprio Rakdos veio ver a apresentação. Era algo tão ousado e perigoso que a multidão lotou a arena. Eu treinei para aquilo durante anos, buscando a perfeição daqueles segundos enquanto eu estava no ar. Quando um pulei no alto era um caminho sem volta, uma arte viva. Foi algo tão impossível de ser feito que, quando eu fiz, eu sabia que nunca mais poderia superar. O sucesso me deu dinheiro o suficiente para abrir esse bar e providenciar outros tipos de prazeres e emoções para as pessoas de Ravnica. Hoje, eu sou livre, por que fiz tudo que eu podia. E é o que eu queria mostrar para você “ Suas palavras cessam ao mesmo tempo que hortelã fresca e uma dose de xarope de glicose se misturam no copo. Mais um drink pronto e colocado em um tóptero. 

“Parece que foi algo bem inconsequente. Você não se arrepende de nada? “ A Golgari perguntando sorrindo depois de terminar sua bebida.

“ Só de não ter tentado algo mais insano. ” Ele diz enquanto os dois riem em conjunto. A conversa é interrompida quando um rapaz Izzet é atirado em um cavaleiro Orzhov por um minotauro. Enquanto os dois estão levantando, um soldado boros chega para ajudar e é confundida pelo orzhov como a agressora que parte para cima dela. O Simic apenas sai do caminho enquanto um centauro grull entra na briga que se espalha para todo o bar.

Vendo a cena com decepção, a Górgona olha para o barman que estava sorrindo confiante. “ Isso que é viver. Agora se me dá licença vou quebrar alguns ossos... porque eu quero. ” 

A Golgari abre caminho para que o balcão se abra, e o Rakdos em uma cadeira de rodas vai em rumo da briga generalizada como se estivesse se sentindo em casa.

Raquel Araujo

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